CARL DJERASSI
Isidore Cantor. Ele desenvolve uma teoria revolucionária sobre o câncer, que pode lhe dar o
Prêmio Nobel. Para isso, precisa apenas comprová-la por meio de um difícil experimento. A
tarefa acaba ficando a cargo do talentoso assistente de Cantor, Jeremiah Stafford. Tudo corre
bem no laboratório e os dois são saudados como gênios pela comunidade científica. Mas um
bilhete anônimo lança suspeitas de fraude sobre Stafford e o experimento, colocando Cantor num
dilema ético: aceitar a glória ou investigar o suposto erro, correndo o risco de ver sua teoria
mostrar-se falha?
cientistas, bem como suas dificuldades em relacionamentos pessoais. Personagens como
Celestine Price, a ambiciosa namorada de Stafford, e Kurt Krauss, o rival de Cantor, ajudam a
compor um painel das pequenas traições, alegrias e tristezas da carreira acadêmica, em situações
familiares a qualquer pesquisador, estudante ou professor universitário. Djerassi mostra que o
mundo do campus é apenas um microcosmo da sociedade, com seus jogos de prestígio e sua luta
pelo poder.
Academy of Sciences e da American Academy of Arts and Sciences, dirige a Fundação Djerassi,
uma colônia para artistas perto de São Francisco.
O dilema de Cantoré seu primeiro romance, que deu início a uma sólida carreira literária, ainda
pouco conhecida dos leitores brasileiros. Djerassi escreveu também The Bourbaki Gambit; Marx,
deceased; Menachem’s Seed; NO (romances); The Pill, Pygmy Chimps, and Degas' Horse
(autobiografia); The Clock Runs Backward(poemas) e The Futurist and Other Stories (contos);
todos ainda inéditos no Brasil.
27,00.
RUA BAMBINA, 25 RIO DE JANEIRO RJ 22251-050 BRASIL TEL.: (5521) 537-8770 FAX:
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ESTREIA 21 de Abril 2004 às 21h30, no Teatro da Trindade, Lisboa
"Esse espermatozóide é meu!"
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O debate que faltava sobre as consequências das novas Técnicas de Reprodução em Laboratório
21 Abril a 30 Maio | 4ª-feira a sábado às 21h30 e domingo às 16h00
M/12 anos
Sinopse
A acção gira em torno de uma cientista de 37 anos, Helena Cabral, que deseja urgentemente realizar-se como mãe. Esse desejo, aliado às suas pesquisas na área das novas técnicas de reprodução, levam-na a experimentar em si própria uma nova forma de fertilização pela injecção directa de um único espermatozóide: a microinjecção.
Resolve então obter, clandestinamente, esperma de uma relação amorosa “pontual” com um brasileiro, Marcelo Lagoas, e a microinjecção é um sucesso.
O seu médico assistente, Francisco Esteves, critica-a por não ter pedido consentimento ao “dador” do esperma: Porque não foi ela a um banco de esperma? pergunta-lhe; Precisava de conhecer o pai, responde-lhe ela. Não satisfeito com a resposta nem com a “masculinidade duvidosa” dos espermatozóides do outro, resolve fazer as suas experiências por sua própria conta e risco...
Os dados do debate e da comédia estão lançados: Helena Cabral está grávida, de um pai que não a autorizou ou de um pai que ela não consentiu. Quem tem razão? Onde começa a paternidade? Onde começa a vida? Que direitos temos nós de alterar as regras naturais da genética e da vida? Quem poderá dizer: Esse espermatozóide é meu!
Os espectadores serão chamados no intervalo a escolher que futuros querem ver na 2ª parte do espectáculo. Teremos preparadas 3 finais diferentes:
* Como será a vida de Helena se o filho for do Marcelo?
* Como será a vida de Helena se o filho for do Francisco?
* Como será a vida da Helena se ela se assumir como mãe solteira?
Não se esqueça de vir ao Teatro da Trindade votar.
Veja o que quer e não o que lhe impõem.
Ficha Técnica
Texto: Carl Djerassi
Adaptação e Finais alternativos: Luís Filipe Borges (Produções Fictícias)
Concepção Geral e Encenação: Paulo Matos
Interpretação: Edwin Luisi, Mafalda Vilhena, Paulo Matos e César Brito
Cenografia: Catarina Amaro
Figurinos: Rafaela Mapril
Co-Produção: Teatro da Trindade/INATEL e Plano 6
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DEBATE Livraria Eterno Retorno, Lisboa
22 de Abril 2004 às 21h00 na Livraria Eterno Retorno
Esse Espermatozoide é Meu!
Conversa em torno do mais recente espectáculo do Teatro da Trindade a partir do texto de Carl Djerassi e de Luis Filipe Borges (Produções Fictícias). Um espectáculo polémico em que são abordadas problemáticas profundamente actuais, como as das novas técnicas de reprodução em laboratório. As questões da criação mas também, o seu cruzamento com a ciência e a própria ética. De referir que Carl Djerassi é também um cientista cujo nome está associado à descoberta da pílula.
Para além da presença de Carl Djerassi, autor do texto, e de Luís Filipe Borges, que adaptou e criou os finais alternativos, contaremos também com Madalena Barata, ginecologista obstetra, especialista em infertilidade, Mónica Cunha e Sandra Ramos, biólogas e embriologistas, numa conversa que será moderada por Eunice Duarte, da Livraria Eterno Retorno.
Três cientistas e uma descoberta Lançada no Brasil tradução da peça que discute paternidade da obtenção do oxigênio A história da ciência está repleta de exemplos de controvérsias sobre a paternidade de grandes descobertas. A briga entre Newton e Leibniz pela criação do cálculo integral e a polêmica sobre quem inventou o avião (Santos-Dumont ou os irmãos Wright?) são apenas alguns dos casos mais conhecidos. A descoberta do oxigênio, um passo fundamental para que a química atingisse a maioridade no século 18, é um exemplo um pouco mais complexo, que envolve três cientistas. São apontados como responsáveis ora o sueco Carl Wilhelm Scheele (1742-1786), ora o inglês Joseph Priestley (1733-1804), ora o francês Antoine Lavoisier (1743-1894). A qual deles seria mais justo atribuir o feito? A questão está no centro da trama da peça Oxigênio, que tem pela primeira vez sua tradução editada no Brasil. Os autores são dois tarimbados químicos americanos: Roald Hoffmann, que ganhou o Nobel em 1981, e Carl Djerassi, inventor da primeira pílula anticoncepcional e mais tarde convertido em autor de romances de temática científica. Para discutir a primazia da descoberta e a ética científica, Hoffmann e Djerassi recorrem a dois planos diferentes em que a ação se desenrola. No primeiro, estamos em Estocolmo, em 2001. Por ocasião dos festejos do centenário do Nobel, o comitê organizador do evento decide oferecer um "prêmio retroativo" para o descobridor do oxigênio. Seus membros partem em busca de evidências históricas do papel de Scheele, Priestley e Lavoisier e discutem o mérito de cada um. Paralelamente, a peça encena um encontro fictício entre os três, ocorrido na mesma Estocolmo, em 1777, a convite do rei Gustavo III da Suécia, para decidir uma vez por todas quem havia descoberto o oxigênio. Nesse encontro, os cientistas -- e suas esposas, que têm atuação fundamental -- defendem, cada um à sua maneira, a primazia na descoberta. Mas qual deles teria razão? A peça obviamente não traz a resposta, mas ajuda a entender a complexidade da questão. Scheele, é certo, foi o primeiro a identificar em laboratório, por volta de 1772, o elemento que ele chamou de "gás da vida". Em 1774, Priestley faria o mesmo de forma independente na Inglaterra, com uma diferença: ele tornou pública a obtenção de seu "ar desflogisticado". No entanto, ambos enquadravam a descoberta na teoria do flogístico, que seria superada na química moderna. E aí entra Lavoisier: em 1777, ele ofereceu uma interpretação adequada para o papel daquele novo elemento, que ele batizou de oxigênio. Desde 2001, quando teve sua première mundial em San Diego (EUA), Oxigênio foi representada e traduzida em diversos países. A edição brasileira foi cuidadosamente vertida pelo historiador da química Juergen Heinrich Maar. Embora o texto só ganhe sua real dimensão quando encenado no palco, a peça pode ser lida de forma autônoma sem grande prejuízo. A leitura deve suscitar reflexões instigantes: afinal, como apontam os autores na introdução, "os temas éticos sobre prioridade e descoberta, que estão no centro desta peça, são tão atuais hoje quanto foram em 1777".
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Bernardo Esteves
Ciência Hoje On-line, No. 207 (2004)
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PROGRAMAÇÃO 2006
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PALESTRA INTERNACIONAL DIA 7 DE ABRIL
SÃO PAULO AUDITÓRIO DO ETAPA Metro Ana Rosa - Rua Vergueiro 1951 - local [TEATRO E CIÊNCIA COM CARL DJERASSI] Sexta-feira 19h30 - vagas limitadas faça sua reserva O autor vem especialmente ao Brasil para estréia de Oxigênio. Cientista austríaco, considerado o pai da pílula anticoncepcional. Fique de olho: entrevista exclusiva no Estadão, por Ubiratan Brasil. mais informações sobre o autor - em inglês ESTRÉIA DIA 8 DE ABRIL SÃO PAULO TEATRO RUTH ESCOBAR Sala Dina Sfat - Rua dos Ingleses, 209 - SP - local [OXIGÊNIO] Quinta, Sexta e Sábado 21h Domingo 19h OXIGÊNIO de Carl Djerassi e Roald Hoffmann tradução Juergen Heinrich Maar direção Sylvio Zilber com Carlos Palma, Monika Plöger, Oswaldo Mendes, Adriana Dham, Vicente Latorre, Lilian Blanc (na estréia Thereza Piffer como Astrid) Prêmio Estímulo Flávio Rangel 2006 Secretaria da Cultura do Governo do Estado de São Paulo I N G R E S S O S Quinta e sexta-feira: R$20,00 inteira, R$ 10,00 estudante e R$8,00 (grupo - mais de 30 pessoas) Sábado e domingo: R$30,00 inteira, R$15,00 estudante e R$10,00 (grupo - mais de 30 pessoas) Informações (11) 3081-8865 ou por email I N F O R M A Ç Õ E S
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REESTRÉIA - CURTA TEMPORADA SUGESTÃO: CD
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Carl Djerassi (na foto), famoso qu�mico e escritor norte-americano, assina o texto. Manuel Jo�o Monte, Professor Associado da Faculdade de Ci�ncias da U.Porto (FCUP), fez a respectiva tradu��o para portugu�s*. A companhia Seiva Trupe d�-lhe corpo. � desta combina��o que resulta "Fal�cia", t�tulo da pe�a que, no pr�ximo dia 28 de Outubro, vai ser levada � cena do Teatro do Campo Alegre.
Inserida nas comemora��es do Centen�rio da U.Porto e no programa preparado pelo Departamento de Qu�mica da Faculdade de Ci�ncias da U.Porto para assinalar o Ano Internacional da Qu�mica (2011), "Fal�cia" aborda temas transversais abrangendo a Arte, a Ci�ncia (em particular a qu�mica) e a �tica. Temas que, para l� do palco, ser�o reflectidos num conjunto de debates paralelos, co-organizados por Manuel Jo�o Monte e Zulmira Coelho Santos, Professora Associada da Faculdade de Letras da U.Porto (FLUP).
Natural de Viena, mas naturalizado norte-americano, Carl Djerassi (1923 - ) � um qu�mico conhecido pela sua contribui��o no desenvolvimento da p�lula anticoncepcional, nos anos 50. Professor Em�rito na Universidade de Stanford (Calif�rnia). Enquanto romancista e dramaturgo, assinou v�rias obras de science-in-fiction, nas quais explora ent�o a rela��o entre a Ci�ncias moderna e a �tica. Mais informa��es sobre o autor em http://www.djerassi.com.
* A tradu��o da pe�a ser� editada em livro pela U.Porto Editorial.